tinha uns dez anos, uma lata ao pescoço,
uma tira de auto-colantes, e estava ali no passeio
defronte da escola. quando passei dirigiu-se-me:
quer ajudar a caridade?
“não conheço”: pensei.
respondi, tocando com a mão direita no bolso das calças,
“não tenho caridade nenhuma.”
(caridade ou o que vulgarmente chamamos: trocos.)
(© n.)

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